São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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Paralisação deve deixar 150 mil sem transporte em Ribeirão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Funcionários das empresas de transporte coletivo urbano de Ribeirão Preto decidiram ontem, após reunião com sindicato patronal e com a prefeitura, manter a greve programada para hoje a partir das 5h.
Segundo o sindicato dos motoristas e cobradores, os 280 ônibus urbanos de Ribeirão (319 km de SP) deixam de circular hoje por tempo indeterminado.
A greve deve atingir diretamente cerca de 150 mil pessoas.
Ontem, representantes dos funcionários se reuniram com os empresários e com o prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB). Porém, não houve acordo entre patrões e empregados.
Por isso, os ônibus devem sair das garagens hoje por volta das 4h30 sem paradas programadas nos pontos.
Em seguida, os veículos serão levados para os terminais Carlos Gomes (centro), Antônio Achê (rodoviária) e Hospital das Clinicas, onde permanecerão estacionados. Os funcionários reivindicam aumento de 20% nos salários, aumento do vale-alimentação e equiparação salarial dos funcionários das empresas permissionárias ao salário dos funcionários da Transportes Urbanos de Ribeirão Preto.
Os patrões descartam qualquer tipo de reajuste, já que a prefeitura decidiu manter congelada até dezembro a tarifa.
Ontem de manhã, houve uma reunião com os motoristas e cobradores e representantes da Transerp S/A (empresa municipal) e das três permissionários do sistema -Andorinha, Rápido D'Oeste e Transcorp. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeirão Preto, Carlos Alberto Cherulli, foi discutida a possibilidade de circular uma frota mínima de 30%. Em reunião com o prefeito, motoristas e cobradores descartaram a possibilidade de manter parte da frota circulando.

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