São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997
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Marido de refém faz vigília em frente a prisão

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM VILA VELHA

Sandra Sartoria Fraga, uma das reféns dos rebelados na Casa de Detenção em Vila Velha (ES), trabalha no local há quatro meses. "Ela gosta muito do trabalho", disse seu marido, Neucimar Fraga, 21, em entrevista à Agência Folha.
Os dois têm um filho de quatro anos, que não sabe o que está acontecendo com a mãe. Fraga está na porta do presídio desde sexta e acha que agora a rebelião está perto do fim. Leia os principais trechos de sua entrevista.
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Agência Folha - Há quanto tempo o sr. está sem dormir?
Neucimar Fraga - Estou de vigília desde sexta, dormindo dentro do carro algumas horas por dia.
Agência Folha - Há quanto tempo sua mulher trabalha no sistema penitenciário?
Fraga - Há quatro meses e gosta muito do que faz. Ela se sente bem em ajudar os presos. Às vezes, ela levava cestas básicas e roupas aos familiares dos detentos.
Agência Folha - Como o sr. se sente ao ver que a rebelião parece próxima do fim?
Fraga - Estou confortado por toda nossa luta. Nunca perdi a esperança.
Agência Folha - O que o sr. sentiu quando o preso foi atirado do 5º andar?
Fraga - Fiquei muito preocupado, mas esperei que não fosse preciso pagar para ver o desfecho quanto aos reféns.
Agência Folha - O que o sr. achou da atuação da polícia e do secretário de Justiça?
Fraga - Gostei muito da atuação do secretário, que teve grande participação, conduzindo o processo com responsabilidade e serenidade. Confiei em Deus.

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