São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997 |
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BNDES quer mais bancos estrangeiros
ANTONIO CARLOS SEIDL
Segundo Mendonça de Barros, isso é necessário como uma das medidas para forçar os bancos brasileiros a adotar uma política de crédito de médio e longo prazos para o apoio à competitividade da indústria brasileira. Apoio fundamental Luiz Carlos Mendonça de Barros considera fundamental um maior apoio do sistema financeiro privado à indústria nacional porque, disse, o BNDES não pode desempenhar por muito mais tempo a função de "ponte" na atual situação difícil da conjunção da abertura comercial com a estabilidade monetária. O presidente do BNDES disse que a compra do Bamerindus pelo grupo britânico HSBC é o primeiro passo para a mudança da cultura de curto prazo dos bancos nacionais. Crédito oficial Ele disse que o BNDES é a única instituição nacional capaz de atender a demanda do setor industrial de fornecimento de créditos de médio e longo prazos. Luiz Carlos Mendonça de Barros fez essas declarações em palestra sob o tema a "Reestruturação atual da indústria e estratégias empresariais", no 9º Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, superintendente geral do Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos). Segundo Mendonça de Barros, o BNDES, que é hoje, na prática, a única fonte de recursos de médio e longo prazos para os projetos de ampliação da capacidade produtiva da indústria brasileira, só pode atuar na função de ponto por mais dois ou três anos. "Depois disso, temos que entregar essa função ao setor privado que tem de ter uma cultura de longo prazo." Mendonça de Barros disse que o BNDES foi obrigado, num prazo curto, a enfrentar o desafio de passar de fazer empréstimos pequenos de financiamento de reposição de máquinas e equipamentos, por meio do Finame, para provedor de "project finance" (empréstimos de recursos para grandes projetos, correndo os riscos do desempenho desses projetos). Privatização "Com os recursos da privatização da Vale, poderemos atender às exigências da batalha do crédito para que tenhamos a solução pelo lado do crédito com uma maior abertura do mercado e com a convergência da taxa de juros para um nível internacional." Texto Anterior: Fed mantém juros e Bovespa sobe 1,28% Próximo Texto: Indústrias dão férias para escoar estoque Índice |
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