São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 1997 |
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Cabo entrou na missão como voluntário
SÉRGIO TORRES
Santos telefonou a última vez para casa na véspera de ser morto, conversando com a mulher e a filha mais velha. O cunhado Carlos Reis da Silva, 35, disse que o cabo estava entusiasmado com a possibilidade de ser promovido a sargento. "Ele também disse que estava ansioso para voltar logo", disse Silva, que não reclamou da Marinha. Segundo ele, a família está sendo amparada pelos militares desde a morte do cabo. O enterro está previsto para ocorrer amanhã de manhã, no cemitério Jardim da Saudade, em Edson Paz (Nova Iguaçu, a 20 km do Rio, na Baixada Fluminense). Santos era lotado no 1º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (Batalhão Riachuelo), na Ilha do Governador (zona norte do Rio), desde 12 de fevereiro de 1990. O cabo trabalhava na enfermaria do batalhão. Era um militar bastante conceituado na guarnição, disseram à Folha colegas que com ele conviveram nos últimos anos. "Ele era muito querido pelo pessoal. Vai fazer falta", afirmou o comandante do Riachuelo, capitão-de-fragata Carlos Custódio França, designado pela Marinha para comunicar a morte à família. Acompanhado de um capelão e de um médico, o comandante foi à casa onde o cabo vivia. Lá, relatou o acontecido à viúva, Adriana Reis da Silva dos Santos. O casal tem duas filhas pequenas: Amanda e Andressa da Silva dos Santos. O cabo viajou para Angola em 31 de janeiro deste ano, e sua volta estava prevista para julho. Texto Anterior: Jordânia prende e espanca jornalistas Próximo Texto: Família de feridos quer notícia Índice |
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