São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997 |
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Pedreiro fazia seu 'cantinho'
ELIO GASPARI
-Esse apartamento não é muito grande para um solteiro? -Não. Assim eu já vou fazendo o meu cantinho. -Onde o senhor morava? -Com a minha tia. -Como o senhor soube desta invasão? -Fiquei sabendo na vizinhança e vim. -Sua tia já veio ver o apartamento? -Já. -Os donos desse conjunto dizem que os invasores têm que ir embora porque não têm direito aos apartamentos. -Eu não saio. É direito dele, mas nós precisamos. -Mas o dono diz que ele está construindo para outra pessoa, que também precisa. -Então arranja um lugar para nós. -Imagine que o senhor saia num fim-de-semana e, na volta, encontre o seu apartamento invadido por uma família. O que o senhor faz? -Eu vou dialogar com ele, para que saia. -E se ele não quiser sair? -Eu continuo dialogando. Se ele não quiser sair, vou buscar meus direitos. Texto Anterior: Fantasia dos sem-teto vira a fila dos com-senha Próximo Texto: Acaba greve de motorista de ônibus em SP Índice |
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