São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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Ação envolve disputa interna

DA REPORTAGEM LOCAL

Por trás da greve dos motoristas e cobradores de ônibus há uma disputa interna pelo controle do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus.
Em outubro haverá eleição no sindicato. Pelo menos quatro facções, algumas dissidentes da atual diretoria, querem assumir o controle da organização de trabalhadores, uma das mais poderosas do país.
Na assembléia de anteontem, que aprovou a greve, grupos rivais ao do presidente do sindicato, José Alves do Couto Filho, o Toré, estimularam a paralisação.
A direção do sindicato não queria a greve. Toré defendeu que a categoria deveria acatar a decisão do TRT (aumento salarial de 8%).
Disse que o movimento grevista poderia ser retomado no momento em que a prefeitura determinasse o reajuste das tarifas de ônibus.
O mais forte candidato ao cargo é José Carlos da Silva, da corrente "Articulação-Renovação". Atualmente, ele é o diretor administrativo do sindicato.
No início do mês, Silva defendeu que o movimento pelo reajuste salarial deveria ser mais "ofensivo".
Ele disse, porém, que essa postura não teria nenhuma relação com o fato de o sindicato estar próximo de uma campanha eleitoral. "A decisão de greve é da categoria", afirmou o sindicalista ontem.
Os outros candidatos são Gregório Poço, Edvaldo Santiago e Eurico Sena. O atual presidente, Toré, diz não saber se vai se candidatar novamente.

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