São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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'Pegadinha' deu idéia de queimar índio

BETINA BERNARDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Três dos quatro acusados da morte do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos disseram ontem que tiveram a idéia de "dar o susto" em uma pessoa dormindo na rua enquanto conversavam sobre "pegadinhas" da TV.
Max Rogério Alves, Tomás Oliveira de Almeida, Antônio Novely Vilanova e Eron Chaves de Oliveira, todos de 19 anos de idade, são acusados de atear fogo e matar o pataxó enquanto ele dormia em um ponto de ônibus em Brasília.
Os acusados se disseram arrependidos de terem feito a brincadeira e que não tinham a intenção de matar ou ferir.
Eles estavam acompanhados de G.J., 16, irmão de Almeida, na madrugada do dia 20 de abril, quando Santos teve seu corpo incendiado.
Ontem, os maiores de idade chegaram às 8h50 ao Tribunal do Júri do DF para serem interrogados pela juíza Leila Cury.
Antônio, Eron e Tomás disseram que a idéia de assustar uma pessoa dormindo na rua surgiu quando os cinco, que ocupavam o Monza de Max, conversavam sobre "pegadinhas" da TV.
Antônio não deu detalhes sobre a "pegadinha".
Tomás e Eron disseram que se tratava de uma brincadeira em que um ator colocava fogo na altura dos pés de uma pessoa que estava dormindo e que, assustada, saía correndo atrás do ator.
Tomás disse não se lembrar se a cena foi exibida "no Sílvio Santos ou no Faustão", enquanto Eron afirmou que a exibição ocorreu no programa da Rede Globo. Max não mencionou o assunto no tribunal.
Os quatro contaram basicamente a mesma história, com algumas contradições.

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