São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 1997
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Conselho mantém juros básicos em 1,58 %

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Copom (Conselho de Política Monetária) decidiu ontem à noite manter as taxas básicas da economia estáveis para o mês de junho. É o segundo mês consecutivo em que o governo opta por não mexer no nível dos juros.
Assim a TBC (Taxa do Banco Central) ficou em 1,58% e a TBAN (Taxa de Assistência do Banco Central), em 1,78%.
A decisão de manutenção das taxas confirmou as expectativas do mercado financeiro.
A TBC e a TBAN são taxas cobradas pelo Banco Central nos empréstimos a bancos com problemas para fechar o caixa. A TBAN é maior porque as garantias que os bancos precisão dar são menores.
E servem de referências para as demais taxas do mercado. Ou seja, quando o governo reduzia suas taxas básicas, o que ocorreu até abril, abria espaço para que as outras também caíssem.
Desde maio esse movimento foi interrompido pelo governo, que está preocupado em manter o fluxo de dólares para o país.
Bolsa de São Paulo
A Bolsa de Valores de São Paulo seguiu ontem o ritmo do mercado de ações de Nova York, que, por sua vez, registrou grande volatilidade ao longo do dia.
O Ibovespa, índice que acompanha as principais ações da Bolsa paulista, chegou a subir 1,83%, no melhor momento do pregão.
Em seguida, as cotações não se sustentaram e o índice acabou encerrando com alta de 0,69%, a 10.714 pontos, com a Bolsa movimentando R$ 791 milhões.
No mercado de ações de Nova York, o Dow Jones encerrou com uma pequena queda de 0,17% com relação ao dia anterior.
No início dos negócios, o Dow Jones continuou a subir, como no dia anterior, ainda sob a influência da decisão do banco central norte-americano de manter inalterada a taxa de juros básica dos EUA.
Analistas consideram que a queda registrada ao longo do dia se deu por causa das ordens de venda dos investidores interessados em apurar lucros, depois da alta das ações no dia anterior.
Juros e dólar
No mercado futuro da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), houve queda das cotações e das taxas projetadas pelo segundo dia consecutivo.

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