São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997
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Oposição recolhe mais assinaturas

OSWALDO BUARIM JR.
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar do esvaziamento do Congresso a partir da tarde de quarta-feira, como parte da estratégia do governo de diminuir a pressão para a instalação da CPI da Reeleição, a oposição já reuniu 167 assinaturas em apoio à votação da proposta em regime de urgência.
Os partidos do bloco de oposição (PT, PDT, PSB e PC do B), que recolheram 212 assinaturas em apoio à criação da CPI, terão agora que obter o apoio de pelo menos 257 deputados para votar em plenário o requerimento que pede o início imediato da investigação.
Além de precisar da maioria absoluta dos deputados para apresentar o requerimento, a oposição precisará do mesmo número de votos para aprovar a urgência.
O grupo de parlamentares encarregado pelo bloco de oposição de recolher assinaturas distribuiu ontem listas para que os deputados levassem aos seus Estados para pressionar os colegas que ainda não assinaram a urgência.
Os deputados João Fassarella (PT-MG) e Jandira Feghali (PC do B-RJ) coordenam o recolhimento de assinaturas.
Segundo Fassarela, os deputados da oposição vão divulgar nos Estados os nomes daqueles que não assinaram a urgência para tentar fazer com que a população pressione os parlamentares a apoiar a CPI.
O PT informou que na lista de deputados que apóiam a urgência para a CPI faltam as assinaturas de vários parlamentares da oposição que ontem não estavam em Brasília. Segundo Fassarella, esses deputados deverão assinar nos Estados neste final de semana.
O líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE), disse ontem que "o jogo está zero a zero; a oposição defende a CPI e não sabe por quê, e o governo está contra, mas não acha outro caminho" para sair da crise da compra de votos.
O presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho, enviou fax ao líder da oposição, deputado Neiva Moreira (PDT-MA), comunicando o apoio da entidade à instalação da CPI.
O deputado Milton Temer (PT-RJ) apresentou requerimento ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), para a convocação do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, para prestar esclarecimentos no plenário sobre a compra de votos.

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