São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 1997 |
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Garota é refém por 22 h e vê 10 crimes
PAULO FRANCISCO
Em entrevista à Agência Folha, ela disse que, das 14h de anteontem até a 1h de ontem, ela o viu matando pelo menos dez pessoas. Valderice Silva afirmou que França lhe disse que estava matando as pessoas para provar que não era homossexual e para vingar a morte do filho Iuri, atropelado há dois anos por um taxista. Leia os principais trechos de sua entrevista. (PF) * Agência Folha - Ele convidou você para quê? Valderice - Para sair com ele e curtir um pouco. Agência Folha - Você o conhecia? Valderice - Conhecia daqui, do distrito (de Santo Antônio). Agência Folha - Quem ele matou primeiro? Valderice - Ele matou o taxista e o colocou no porta-malas. Agência Folha - Depois do taxista, como ele matou os outros? Valderice - De ontem à tarde (anteontem) até a 1h da madrugada de hoje (ontem), acho que pelo menos umas dez pessoas foram mortas. Agência Folha - Quem são essas pessoas? Valderice - Eram pessoas que ele ia encontrando na rua e chamava para curtir uma festa. Chegava no mato, ele disparava no pessoal. Agência Folha - Por que ele matava? Valderice - Ele disse que era uma vingança porque o pessoal dizia que ele era homossexual. Ele também dizia que estava vingando a morte do filho. Alguns ele alegava que eram pessoas que deviam dinheiro para ele. Agência Folha - Como você conseguiu fugir? Valderice - Na hora do cerco policial, ele, eu e a filha dele -Gislaine- paramos num local. Aí ele me mandou ir embora com a filha dele, dizendo que ia morrer, mas não se entregaria. Ele deu um tiro no peito e eu corri. Depois, ainda vi ele atirar na polícia. Texto Anterior: Para mãe, matador estava 'perturbado' Próximo Texto: Homem mata 14 pessoas em 22 horas Índice |
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