São Paulo, sábado, 24 de maio de 1997
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O gabinete

. Interior - Mwenze Kongolo - Passou boa parte da vida nos EUA, é casado com uma americana e é muito próximo de Kabila. Pertence à etnia kongo
. Informação - Raphael Ghenda - Advogado, admirador do modelo norte-coreano de comunismo, passou 29 anos no exílio. Voltou em novembro, para se unir à guerrilha. É da etnia batetela, a mesma do premiê Patrice Lumumba, assassinado na década de 60.
. Finanças - Mawampanga Mwana Nanga - Pós-graduando em economia nos EUA, onde viveu por mais de dez anos, é da etnia kongo. É o articulador das políticas de livre mercado prometidas por Kabila
. Relações Exteriores - Bizima Karaha - Já ostentava esse título durante a rebelião, à qual se juntou em dezembro. Médico pediatra, é o mais jovem do gabinete (29 anos). É um tutsi banyamulenge educado na África do Sul
. Administração Pública - Justine Kasavubu - Fila do primeiro presidente do país, Joseph Kasavubu, ela é um dos dois nomes do governo ligados a Etienne Tshisekedi. No governo Mobutu, exilou-se na Bélgica
. Minas - Mututulo Kambale - Ex-professor de inglês, dava aulas em uma universidade no leste e comandava ações de caridade em Kivu (o reduto dos tutsis)
. Planejamento - Babi Mbayi - Após dez anos na França, se uniu à rebelião em novembro. Nesta semana, defendeu a economia "social de mercado", ou seja, competição entre empresas com tratamento justo aos empregados
. Correios e telecomunicações - Kinkela Vikansi - Advogado em Kinshasa, esteve na oposição a Mobutu desde os anos 60. Em 1990, formou a Frente Patriótica
. Saúde e Assuntos Sociais - Jean Baptiste Sonji - Também do grupo de Kinkela, foi demitido do cargo de médico em uma mina estatal por sua oposição a Mobutu. Trabalha em um hospital de Kinshasa
. Agricultura - Paul Bandoma - Aliado próximo de Tshisekedi, foi duas vezes ministro da Defesa no governo dele. É da Província do Equador, a mesma de Mobutu
. Educação e Justiça - Celestin Lwangi; Educação - Rwakayikara Kamara - Outros dois nomes da Aliança das Forças Democráticas para Libertação do Congo apontados para cargos-chaves

*O cargo de primeiro-ministro não será preenchido; faltam ainda ser nomeados o vice-presidente e alguns ministros

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