São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 1997
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Presos acusados de roubo recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu dois acusados e deteve um suspeito de participação no maior assalto deste ano em São Paulo: o roubo de R$ 1,83 milhão da Égide Transportadora de Valores Ltda.
O crime aconteceu em 6 de maio às 23h. Os ladrões usaram um carro da Sabesp e o duto de ar-condicionado para entrar na empresa. Eles renderam cerca de dez funcionários no momento em que um programa eletrônico estava abrindo o cofre da Égide.
A ação foi rápida. Em 20 minutos, os assaltantes já estavam deixando a transportadora em um Monza e em uma Besta.
No local, abandonaram a caminhonete da Sabesp e uma Saveiro na qual deixaram um malote com R$ 26 mil. Inicialmente, a empresa divulgou que foram roubados R$ 2,3 milhões.
Segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos, o assalto só foi possível por causa da participação de um funcionário de confiança da Égide, o conferente José Adevan Lourenço da Silva, 30.
Ele teria passado as informações sobre o funcionamento da empresa aos assaltantes, como o momento em que o dispositivo eletrônico abriria o cofre. Em sua casa, disse o delegado, foram achados R$ 34,6 mil roubados.
Lourenço da Silva confessou o crime e, segundo a polícia, disse que se arrependeu de ter traído a confiança de seus chefes. O acusado foi preso em casa após ter sido denunciado por Edmar Barbosa Lima, 41.
Ex-segurança, Lima já havia trabalhado com o conferente em um empresa de transporte de valores. Ele teria apresentado o conferente aos outros membros da quadrilha, os homens que fizeram o roubo.
Pelo trabalho, Lima teria recebido R$ 5.000. "A maior parte do dinheiro ficou com os 15 assaltantes", disse o delegado. De acordo com ele, três quadrilhas se reuniram para assaltar a Égide: duas da cidade de São Paulo e uma do interior do Estado.
Apreensão
Outro grupo de ladrões foi preso pela PM paulista. Quatro homens estavam num Alfa Romeo na avenida Heitor Penteado (zona oeste), quando a PM desconfiou do carro e o perseguiu. Três foram presos. Com eles, havia três telefones celulares, um Pointer, um Gol, uma motocicleta, duas metralhadoras, uma carabina, uma pistola, três gorros e um colete a prova de balas.
Na delegacia, um dos celulares tocou e foi atendido por um PM. O policial marcou encontro com o membro do grupo e o prendeu.

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