São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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Técnico apregoa volta da 'arte'

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO À NORUEGA

O técnico Mario Jorge Zagallo, da seleção brasileira, defendeu ontem a volta de um futebol "como nos anos 50 e 60."
Ele utilizou essa expressão ao voltar a defender o "futebol-arte" (estilo de jogo com ênfase no ataque e na técnica), o que faz desde os últimos dois anos.
"O povo quer ver espetáculo, um jogo aberto com os dois times no ataque. Os técnicos devem atender a isso", afirmou.
Zagallo criticou, num recado ao norueguês Egil Olsen, "os técnicos mais preocupados em não deixar o adversário jogar do que em fazer seu time jogar."
O discurso é praticamente igual ao do ex-técnico Telê Santana.
Entre 1982 e 94, na seleção brasileira e no São Paulo, Telê criticou várias vezes os treinadores "que só pensam em mandar matar as jogadas em não deixar os adversários jogar".
Nesses anos, essa posição recebeu críticas de vários técnicos, inclusive Zagallo.
A própria posição do técnico em defesa do futebol-arte sofreu um arranhão sério em Atlanta-96.
Na véspera da derrota para a Nigéria, pelas semifinais, Zagallo introduziu um terceiro meia defensivo no time e defendeu o futebol de resultados, o que a Noruega vai adotar neste jogo.
Antes da Copa dos EUA, ele e o então técnico Carlos Alberto Parreira disseram não haver mais sentido em falar de futebol-arte, devido à evolução do esporte nos aspectos físico e tático.
(MD)

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