São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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Ficção e realidade

JUCA KFOURI

Que a briga entre os gigantes que fabricam material esportivo é sem fronteiras, todos sabemos. Mas não é preciso exagerar.
O site da Adidas (adidas.com) traz um teste sobre futebol no qual pergunta qual foi a primeira pessoa que foi campeã mundial como jogador e como técnico.
Embora tenha Zagallo como uma das alternativas, o site dá como resposta correta o nome do alemão Franz Beckenbauer, que foi o segundo.
De duas, uma. Ou o site não considera que Zagallo tenha sido, de fato, um jogador de futebol na acepção da palavra ou não o tem na conta de técnico. Ambas as hipóteses são pura maldade com o ex-ponta-esquerda e atual treinador da seleção brasileira, respaldada pela Nike.
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O Borussia Dortmund matou a Juventus com dois chuveirinhos na área e um contra-ataque fulminante na empolgante final da Copa dos Campeões da Europa.
A Juve foi muito mais fantasia, e Del Piero marcou um gol de letra inesquecível.
Mas a velha eficácia alemã falou mais alto novamente.
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Já o brasileiríssimo Cruzeiro feriu gravemente o nosso germânico Grêmio no primeiro jogo pelas quartas-de-final da Libertadores.
Feriu, mas não matou -e é aí que mora o perigo que correrá no Olímpico.
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Um argumento pesou decisivamente para Pelé mudar de opinião e aceitar a convocação para comparecer diante da comissão de deputados que apura o escândalo na CBF: precisará da boa vontade dos parlamentares para aprovar as mudanças que quer fazer na legislação esportiva.
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Por mais discreto que seja, José Carlos Brunoro não esconde que o principal problema enfrentado pelo Palmeiras nas retas finais tanto da Copa do Brasil como do Campeonato Paulista foi, surpreenda-se, o afastamento total de Telê Santana da vida alviverde.
Até então, o veterano treinador vinha dando preciosos conselhos a Márcio Araújo.
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A experiência ensina que o único jeito de não queimar a língua quando o assunto for o da contratação ou renovação de contrato de grandes nomes é ficar calado até a assinatura do acordo.
Não só para poupar o leitor das inevitáveis idas e vindas como, principalmente, para não ser usado pelos marqueteiros de plantão.

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