São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 1997
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Votos à venda; Acusações ao PT; 'Basta de baderna'; Brinquedo correto; Os aposentados e o mínimo; Videoteca Folha; Instituto Butantan; Trabalho infantil

Votos à venda
"Ler a Folha está se tornando um exercício de masoquismo. Sempre a discussão dos mesmos problemas -corrupção, governo, desmandos- e não se vê discussão das soluções.
Até Eremildo, o idiota, já percebeu que esse assunto só se esgota com a mudança das instituições. Não entendemos por que a Folha, jornal lúcido e de grande penetração, em vez de ficar buscando escândalos comuns desde o Império para vender jornais, não dá maior destaque ao debate sério e necessário para a verdadeira mudança do país. Ficar pulando de escândalo em escândalo é um desrespeito ao leitor."
João Henrique Pereira e Silvio Henrique Pereira (Belo Horizonte, MG)
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"As implicações do bloqueio à CPI desqualificam FHC da reeleição. Seu Plano Real era um salvador da pátria, mas, fora disso, seu desempenho presidencial era e é desastroso. Feliz é quem reconhece que nada é perfeito."
Hanns John Maier (Ubatuba, SP)
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"Os editoriais da Folha sempre demonstraram preocupação com o atraso das reformas e das privatizações. Porém alguns de seus colaboradores deixam claro, em seus artigos, que pensam bastante diferente.
Atualmente, a Folha defende uma CPI da Reeleição que, se implementada, vai parar o Congresso, com enormes e sérios prejuízos ao futuro do país. Será que os radicais estão vencendo o bom senso desse brilhante e democrático jornal?"
Ângelo Comisso (Campinas, SP)

Acusações ao PT
"O PT precisa demonstrar, mais uma vez, que veio para mudar a vida política do país. Portanto, é necessário apurar com o maior rigor as acusações feitas por Paulo de Tarso Venceslau contra membros da direção nacional do partido. Para nós, não existem pessoas ou personalidades acima dos interesses da sociedade brasileira ou do PT."
Odilon Guedes, ex-vereador (São Paulo, SP)
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"Aqui em Goiânia, não foi surpresa a divulgação da conivência de dirigentes petistas com processos de corrupção em suas administrações municipais.
Em 1995, foram apontadas suspeitas de corrupção na administração do então prefeito Darci Accorsi (PT), culminando com a saída da administração de cinco secretários municipais.
Triste situação a do PT, que se iguala aos outros partidos na tentativa desesperada de ganhar a qualquer custo."
Fernando Pereira dos Santos (Goiânia, GO)

'Basta de baderna'
"A palavra 'baderna', segundo o "Aurélio", significa desordem e bagunça. Em um Estado de Direito, ninguém pode se coadunar com ela.
Acredito que o próprio governo também deva contribuir para evitar sua própria 'baderna', votando a reforma agrária sem esperar apoio da bancada ruralista para garantir sua reeleição, não injetando bilhões de dólares no Proer e fazendo as reformas urgentes."
Ricardo Arena Júnior (São Paulo, SP)

Brinquedo correto
"O texto 'Brinquedo correto não pega no país' (23/5, pág. 2-12) dá a exata dimensão da sociedade em que vivemos. Não dava mesmo para esperar opiniões diferentes num lugar em que pessoas ditas 'normais' estacionam em vagas reservadas a portadores de deficiência física e um órgão nega autorização para adaptar um prédio público para o acesso a portadores de deficiência porque o mesmo foi tombado e não pode ter sua estrutura alterada."
Paulo Sérgio Massa (São Paulo, SP)

Os aposentados e o mínimo
"Aposentados, pensionistas, trabalhadores pertencentes às prefeituras e Estados têm que se virar ou fazer milagre para, com R$ 120, pagar casa, comprar alimentação, vestimenta, tratar de saúde, educação e tudo o mais.
Às vezes penso que, durante a escravidão, havia mais consideração entre os escravos e os senhores e muito menor violência e sacrifício."
Gilvan Augusto de Farias (Presidente Epitácio, SP)

Videoteca Folha
"Parabéns à Folha pela excelente coleção Videoteca Folha. Com certeza, o Oscar vai para o jornal que, agora, não dá pra não assistir..."
Vladimir Alves de Souza (São Paulo, SP)
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"Venho manifestar minha estranheza em relação ao tratamento negativamente discriminatório que, mais uma vez, a Folha dispensa a seus assinantes.
Quem não é assinante vai à banca, paga R$ 3 (ou R$ 4) e leva para casa a Folha, a revista-pôster e uma fita de vídeo -se quiser. Já os assinantes devem aguardar em casa o boleto bancário e pagar, de uma vez, R$ 19,50 por lote de cinco fitas, sem direito à escolha dos filmes de sua preferência.
Pagam mais caro, precisam esperar e não podem escolher! Resta-lhes a alternativa de ir às bancas e comprar só os vídeos que lhes convêm, como qualquer leitor, com a 'vantagem' de ter dois exemplares do mesmo jornal."
Ana Maria A. Chieffi (São Paulo, SP)

Instituto Butantan
"1) Mais uma vez, o meu reconhecimento da importância do espaço cidadão que a Folha oferece em Tendências/Debates. Parabenizo o professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite pela sua análise direta e sincera (22/5) sobre uma parte da atuação do raro cidadão que é Isaias Raw.
2) O professor Cerqueira Leite, afortunadamente, tem direito a se enganar. No seu 'desabafo', diz que acreditava impossível o Butantan se reerguer sob a direção de Isaias Raw, e estava equivocado. Afirma também que o desabafo 'não terá nenhuma consequência concreta'. Engano. Manifestações como a sua servirão para consolidar o Butantan na linha iniciada por Isaias.
3) As diretrizes que Isaias imprime são arrojadas e visionárias. Arrojo e visão são perigos constantes para conservadores de todas as cores, até para aqueles que não se sabem."
Hernan Chaimovich, professor-titular do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Trabalho infantil
"O vereador abaixo assinado vem solicitar o registro da reportagem publicada na Folha, no caderno especial 'Infância roubada' (1º/5), tratando de situações diversas nas quais o trabalho infantil configura o descaso das autoridades e a omissão da sociedade.
Solicito que sejam enviadas congratulações aos jornalistas que contribuíram para retratar, com tamanha clareza e sensibilidade, a situação da infância trabalhadora no país."
Nelson Martins, vereador pelo PT (Fortaleza, CE)
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"Gostaria de parabenizá-los pelo caderno dedicado à problemática do trabalho infantil no Brasil. Espero, como pesquisador do assunto, que esse conceituado jornal dê continuidade às reportagens, denúncias e investigações sobre a realidade amarga dessas crianças sem terra, sem teto, sem lazer, sem escola, sem infância e sem cidadania."
Mauricio Roberto da Silva, doutorando em educação pela Unicamp (Campinas, SP)

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