São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Policial admite que atropelou servidor

ANTONIO FLÁVIO ARANTES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O investigador da Polícia Civil de Curitiba (PR) José Augusto Mendes Parades confessou ontem que atropelou e não socorreu o servidor público Érico Brunni, 29, no último dia 5 de abril. Brunni morreu uma semana depois. É o terceiro homicídio envolvendo policiais civis na cidade em dois meses.
Brunni, que era funcionário da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), foi atropelado em frente a uma lombada eletrônica, que fotografa os carros em excesso de velocidade.
A velocidade máxima permitida na lombada é de 35 km por hora. O policial estava a 97 km. Como o carro não tinha placas, a polícia ampliou e melhorou a resolução da foto, que foi divulgada em programas de tevê no Paraná.
Parades prestou depoimento ontem. Segundo o delegado Jayme Gonçalves de Castro, o investigador confessou o crime.
"Ele disse que sentiu o baque na lateral do carro, deu a volta no quarteirão e viu que o rapaz era socorrido. Mas a namorada dele teria ficado muito nervosa e ele não parou", disse o delegado. Paredes foi indiciado por homicídio culposo qualificado e responderá ao processo em liberdade.

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