São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997 |
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Das punições ao estilo do Guga
MATINAS SUZUKI JR.
Pode-se discutir a extensão de uma ou de outra, mas só haverá decência no futebol brasileiro se houver punições rigorosas. Agora, resta saber se as denúncias publicadas pela revista "Placar" e pela Folha, que envolveriam atuações de árbitros brasileiros em jogos nos exterior, inclusive nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, também serão apuradas com rigor. Resta saber também se a punição do Atlético-PR não teve a intenção, única e exclusiva, de favorecer a volta do Fluminense à primeira divisão do futebol brasileiro. * Já que o Brasil não foi aquelas coisas contra a França, começou a correr um papo por aí montando a versão de que o Torneio da França não tem importância nenhuma, o que vale é a Copa América etc. Mas, do ponto de vista de preparação para a Copa de 98, e até para se ter uma idéia comparativa do estágio da seleção, vis-a-vis as seleções mais fortes do mundo, um ano antes da Copa, o Torneio da França é estratégico. A Itália, adversário de amanhã, entre as quatro, foi a que menos apresentou pontos fortes na estréia, até porque a sua nova fase de preparação, com Cesare Maldini, é bem recente. Mas seleção italiana é seleção italiana: aquela camisa azul costuma virar um oceano contra os brasileiros. * Sobre a seleção, meu temor é o seguinte: o velho Lobo do fut Zagallo arrependeu-se de tentar ser feliz e vai voltar ao passado que o deixa mais seguro. Isto é, voltaremos àquele futebolzinho pãodurozinho, sovina e mesquinho que caracterizou o time de 94. * Até que enfim a seleção começou a treinar. * Essa coluna não é muito chegada "num" tênis (nem no esporte, nem no calçado). Mas ela abre o espaço da seleção dos elegantes do futebol para notar que o simpaticíssimo Guga tem linguagem própria. Ele adotou um estilo mais "street fashion" do que o Lacoste que marcou o tênis por muito tempo, mas, afinal de contas, adotou um estilo. Para o Brasil, é muito. Um tenista na final de Roland Garros já é tarefa difícil. Um tenista brasileiro na final de Roland Garros, e ainda por cima com estilo, na Paris das tendências da moda, é mais difícil ainda. Hélas! PS, como escreveria o Gilberto Dimenstein: muitos leitores se queixam do fato de o Victor Lema Risqué ter colocado o Garrincha na seleção dos mais deselegantes do futebol. OK, moçada, vocês podem reclamar. Mas o Victor, que bebeu na elegância dos jogadores uruguaios, tem todo o direito de dar a opinião dele. Oraite? Texto Anterior: Advogados estréiam no esporte Próximo Texto: A cartolagem Índice |
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