São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997 |
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Tony Blair faz crítica à esquerda européia Caminho é 'se modernizar ou morrer' PAULO HENRIQUE BRAGA
Blair participou em Malmö (extremo sul da Suécia) de uma reunião de líderes de partidos socialistas da Europa. Sob o comando de Tony Blair, o Partido Trabalhista rompeu 18 anos de hegemonia conservadora no Reino Unido, marcada pela política neoliberal. Mas, segundo os socialistas tradicionais, o "novo trabalhismo" criado por Blair se aproxima muito das teses conservadoras. Depois da vitória de Lionel Jospin na França, no último domingo, 9 dos 15 países da União Européia são governados por socialistas ou social-democratas. Os dois líderes se encontraram pela primeira vez anteontem desde a ascensão deles ao governo. O tom de seus discursos foi bem diferente. Blair ressaltou a necessidade de garantir a competitividade e afirmou ser contra "regulamentações rígidas e intervencionismo à moda antiga". Jospin, por sua vez, disse que forças de mercado sem regulamentação são "uma ameaça à nossa idéia de civilização". Depois da reunião na Suécia, Blair seguiu para Bonn para um encontro com o chanceler alemão, Helmut Kohl. No encontro, o primeiro desde a vitória de Blair em 1º de maio, os dois líderes discutiram temas a serem abordados na reunião da UE que vai revisar o Tratado de Maastricht, em Amsterdã, nos dias 16 e 17 deste mês. Blair disse que a atmosfera do encontro foi positiva e voltou a insistir que a UE deve se voltar para temas mais próximos da realidade cotidiana de seus cidadãos, como desemprego e combate ao crime. Pesquisa do instituto Gallup publicada ontem pelo jornal "The Daily Telegraph" afirma que Blair é o premiê mais popular da história do Reino Unido. Ele tem aprovação de 82% da população. (PHB) Texto Anterior: Senado aprova fim de pensão a nazistas Próximo Texto: Irlanda vota pensando nos vizinhos Índice |
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