São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997
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Comprador deve ser estrangeiro

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A privatização do Banespa está abrindo o apetite do mercado financeiro. Mas tanto no mercado como no governo paulista e no Banco Central, a certeza parece ser uma só: o comprador do Banespa será um grupo estrangeiro.
Citibank e Banco de Boston puxam a lista das especulações. Mas quem tem negociado efetivamente com o governo é um grupo que reúne executivos brasileiros e o norte-americano David Bonderman, do Texas Pacific Group.
O Texas é um fundo privado de administração de patrimônio ("private equity"), um dos maiores dos EUA. Os sócios brasileiros são Eduardo Saad e Alberto Camões, que administram o Newbridge Latin America, um fundo privado que dispõe de R$ 400 milhões para investir na América Latina, incluindo o Brasil.
O grupo tem experiência no ramo financeiro. Comprou, nos EUA, o American Savings Bank, um banco de poupança com US$ 40 bilhões de patrimônio. Administrou o banco por oito anos e vendeu. Fez o negócio mantendo o governo americano como sócio.
Os executivos do Newbridge não confirmam seu interesse no Banespa, mas negociadores do governo afirmam que os contatos estão adiantados.
E o secretário paulista da Fazenda, Yoshiaki Nakano, acredita que não faltarão compradores: "O mercado mudou muito depois da entrada do HSBC (Hong Kong and Shangai Banking Corporation, que comprou o Bamerindus). Tem muita gente nos procurando".
(SQ)

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