São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997
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Sítio produz 110 espécies de cactos

Consumo cresce no Brasil

VERENA GLASS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os cactos vêm conquistando espaço no mercado de plantas ornamentais e no paisagismo, embora seu cultivo seja bastante restrito no país.
Em São Paulo, a família de Chiyono Yoshitomi, que começou com uma pequena coleção de cactos, foi a primeira a produzir a planta em grande escala e hoje praticamente monopoliza a sua comercialização no país.
Rodolfo Komorizono, 34, neto de Yoshitomi, gerencia os negócios da Flora Komorizono, que na década de 80 chegou a exportar quase toda a sua produção para países da América do Norte, América Central e Europa.
"O mercado interno de cactos cresceu tanto, que hoje temos dificuldades para suprir a demanda", diz ele.
A Flora Komorizono cultiva cerca de 110 variedades de cactos originárias do continente americano, além de híbridos desenvolvidos na Europa e na Ásia.
O sítio da família, em Mogi das Cruzes (50 km a leste de São Paulo), destina área de 12 mil m2 à produção de cactos em estufas e vende entre 5.000 e 8.000 vasos por semana.
Segundo Komorizono, o cultivo de cactos exige investimentos elevados apenas para a instalação das estufas (que devem ser dotadas de sistema de aquecimento) e aquisição de matrizes, geralmente importadas.
A reprodução das plantas, segundo Komorizono, pode ser feita por meio de sementes ou dos "filhotes" que surgem das matrizes.
Os filhotes dos cactos de vaso são enxertados sobre o mandacaru, cacto nativo do Nordeste brasileiro.
Único a aceitar enxerto, é usado como "cavalo" nos cultivos de cactos do mundo todo.
As vendas da empresa, segundo Komorizono, ultrapassam R$ 5.000 por semana.
Os preços dos cactos variam entre R$ 1 (vasos pequenos de variedades comuns) e R$ 1.000 (como a "euphorbia canariensis").

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