São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997 |
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Ponte fica mais uma noite em observação
MARCELO OLIVEIRA
Depois do abalo sentido domingo, quando a ponte cedeu quase 5 cm, foi interrompida a passagem de veículos sob a ponte nos dois sentidos da marginal Tietê. Ontem, às 9h35, foi liberado o tráfego na pista local, sentido Lapa/Penha, para atender a demanda de tráfego da rodovia Castelo Branco, onde foram registrados 7 km de congestionamento. Na madrugada de ontem, a ponte cedeu mais 2,5 cm. Às 3h30, a ponte já havia oscilado mais de um centímetro, e os operários foram retirados, por segurança. O trabalho parou por duas horas. Segundo o engenheiro Walter Farinelli, que trabalha na recuperação da ponte, 2,5 cm foi menos que o esperado. "O frio foi menor esta noite (a passada) e a descida foi lenta e vagarosa." Os engenheiros que trabalham na recuperação da ponte afirmam querer liberar o tráfego com segurança. "Eu sei que há pressa, mas não quero pôr em risco a vida de nenhum funcionário meu ou qualquer outra pessoa", afirmou Lázaro Pedro Barbosa, diretor da empresa Tecpont, contratada em regime de urgência pela prefeitura para a realização das obras. Segundo Lázaro, o trabalho de concretagem das caixas em que serão presos os cabos de aço que emendarão a ponte seria concluído na noite de ontem. Os técnicos usariam cobertores e aquecedores elétricos para acelerar o processo de secagem do concreto. "Depois disso, precisamos de pelo menos mais 12 horas para ver a qualidade dessa concretagem, saber se ela vai suportar a protensão (concretagem dos cabos)." Segundo Lázaro, a protensão deve terminar hoje. "Mas vamos precisar de tempo para monitorar o comportamento da ponte. Estou mexendo num 'cara' em coma." Esse tempo será a noite de hoje para amanhã. Se a ponte ceder mais devido à variação térmica (leia texto ao lado), o cronograma pretendido para a liberação do tráfego deverá ser modificado. Com a situação inalterada na marginal, as rotas alternativas da CET e da Polícia Rodoviária Estadual continuam sendo a melhor alternativa para evitar o caos, enquanto os desvios aguentarem o tráfego intenso dos caminhões. O presidente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Luiz Carlos David, admitiu que a rodovia Santos Dumont, rota alternativa para chegar à Castelo Branco, vindo da Dutra, sem passar pela marginal, é precária. Texto Anterior: Lixo em viela gera queixa de morador Próximo Texto: Frio 'encolhe' estrutura Índice |
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