São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Governistas tentam minimizar derrota

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo e os líderes de partidos aliados trataram ontem de minimizar a derrota sofrida pelo novo líder governista na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), na votação de um destaque que eliminava da reforma administrativa a figura do subteto -possibilidade da União, Estados e municípios criarem um teto salarial inferior ao federal.
"A derrota não foi do governo, mas sim do esforço de ajustamento fiscal", afirmou o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral.
Para o porta-voz, a União não sofreu perdas com a derrota de anteontem. "A derrota é sobretudo dos Estados, que vão deixar de ter um instrumento importante para reduzir os gastos com a folha e combater os privilégios e abusos."
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), tratou a derrota na estréia do filho como líder do governo apenas como um episódio transitório. "Assim como todas as vitórias, as derrotas também são efêmeras (que duram só um dia)", afirmou.
ACM deu a dica de como deve ser corrigida a derrota do filho. "Há espaço para reverter esse resultado no Senado, e é o que eu pretendo fazer", afirmou o senador.
O vice-presidente Marco Maciel saiu em defesa de Luís Eduardo, que, segundo ele, "é um parlamentar jovem, extremamente experiente e tem condições, como está fazendo, de um excelente trabalho à frente da Câmara".
O único dos líderes políticos que reconheceu o resultado como uma derrota foi o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, deputado do PMDB até o mês passado.
"Politicamente foi uma perda, mas, sob o ponto de vista da reforma, é irrelevante", disse.

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