São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997 |
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De preso a presidente
NELSON DE SÁ
Ressurgiu comparando-se a Lula, preso no regime militar e "quase" eleito presidente, e Nelson Mandela, preso pelo regime racista sul-africano e eleito presidente. José Rainha Jr., que não lembrou mas foi condenado em regime democrático, não ambiciona pouco. * Celso Pitta, afinal, foi à CPI dos títulos públicos. Ao vivo, na TV Senado. Depoimento "concorrido", anunciaram as demais, quanto ao número de parlamentares. Pode ser, sobretudo quanto a correligionários do prefeito paulistano, que tomaram o plenário da CPI. Mas o escândalo já esfriou e promete, como os dois ou três surgidos depois dele, dar em nada. Muito atrativo para os políticos, o depoimento não chegou a concorrer, quanto à audiência. Nem com a atração (agora já corriqueira) do espetáculo de grosserias, que ontem era encenado pelo prefeito e por Roberto Requião. * E ainda mais que o show vem na sequência de um novo "indício" relativo ao caso, trombeteado pelo relator nos telejornais. Dinheiro desviado no escândalo teria financiado campanhas no Paraná. Sempre o Paraná, o Estado em que Requião é candidato a governador. É candidato e já está em campanha eleitoral -na maior parte do tempo, direto de Brasília. * Roberto Requião estrela a comissão dos títulos públicos. Eurico Miranda, a do futebol. Afanásio Jazadji, que ontem falava como uma autoridade, à Manchete, a da violência policial. É o que fizeram das CPIs e congêneres, no Brasil. Texto Anterior: STF culpa Executivo por excesso de ações Próximo Texto: Jornalista da Folha depõe sobre gravações que revelaram caso Índice |
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