São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Depoimento não trouxe fatos novos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O depoimento do prefeito Celso Pitta não trouxe fatos novos para a CPI. O prefeito tergiversou ao ser perguntado sobre as questões mais polêmicas e pediu à comissão que invalidasse o relatório do senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Uma dos assuntos que provocou bate-boca foi o prejuízo de R$ 1,76 milhão que a prefeitura teve em uma operação de "day trade" (venda e recompra de títulos no mesmo dia) em 1994, quando Pitta era secretário de Finanças.
Apesar das críticas do senador José Serra (PSDB-SP), Pitta manteve sua posição. Disse que a operação não causou prejuízo, pois, combinada com a negociação de outros papéis, gerou uma receita líquida de cerca de R$ 51 milhões.
Pitta omitiu o fato de que a receita seria superior em R$ 1,76 milhão se não tivesse vendido títulos à Contrato e recomprado os papéis, no mesmo dia, por preço superior.
Questionado sobre as viagens de Nivaldo Furtado de Almeida, Maria Helena Cella, Pedro Neiva e Wagner Ramos, Pitta disse apenas que uma sindicância da prefeitura não envolveu seus subordinados em nenhuma irregularidade.
Irritado com as críticas de Pitta ao relatório, Requião acusou o prefeito de ainda estar devendo "cerca de R$ 4 mil" pelo aluguel de um carro à sua mulher, Nicéa.
O aluguel, pago pelo Banco Vetor, custou mais de R$ 6 mil, segundo Requião. Depois que o fato foi denunciado, Pitta pagou R$ 2.644,20 pelo serviço, valor que alegou ser o citado pela imprensa.

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