São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Engenheiros dizem que ponte está salva

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A ponte dos Remédios (zona noroeste de São Paulo) não corre mais risco de cair, segundo os engenheiros que trabalharam nas obras emergenciais.
O viaduto reagiu positivamente ao trabalho de protensão (amarramento das estruturas com cabos de aço) e subiu 5 cm entre as 17h de anteontem e as 3h de ontem.
O tráfego na marginal Tietê está liberado.
Às 7h30 de ontem, o tráfego sob a ponte estava totalmente liberado, 15 minutos depois de o secretário de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, fazer o anúncio ao vivo na TV e no rádio.
O primeiro caminhão passou entre as escoras colocadas na pista local da marginal, sentido Penha-Lapa, às 7h25. Cinco minutos depois, estava aberta a pista expressa.
O sentido Lapa-Penha já havia sido liberado anteontem, às 16h55, depois de o presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Nelson Maluf El Hage, obter garantia dos engenheiros.
O tráfego em ambos os sentidos da marginal Tietê foi tranquilo ontem. A reportagem levou 13 minutos para percorrer os 10,5 km entre a ponte da Casa Verde (zona norte de São Paulo) e a dos Remédios.
A velocidade média foi de 27 km/h, considerada baixa pelos técnicos da CET.
A velocidade máxima no trecho de aproximação da ponte dos Remédios agora é de 40 km/h. Normalmente, na expressa, a velocidade máxima é 80 km/h. Na local, é de 60 km/h.
O escoramento reduziu a largura das faixas da marginal de 3,6 m para 3,5 m. Os caminhões têm de passar muito devagar.
Os desvios montados pela CET nos trechos interditados foram desativados. Sofreu alteração apenas a rua da Despedida, junto da ponte dos Remédios, que passará a ter duas mãos, para atender as linhas de ônibus que passavam sob a ponte.
Para baixo, não
Segundo o engenheiro Humberto Caminha da Silva, que participa dos trabalhos de recuperação da ponte dos Remédios, a protensão estancou a queda da ponte.
"O serviço a impediu de cair. Ontem à noite, pelo comportamento que ela vinha mantendo, deveria ter descido, mas para baixo ela não se moveu mais."
Caminha compartilha a opinião de que a ponte é totalmente recuperável. "Já recuperei obras em situações piores, com 80 cm de desnível (a dos Remédios chegou a baixar 55 cm), mas elas não passavam sobre a marginal."

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