São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Assaltantes fazem 17 reféns em Araras

EUNICE GOMES

EUNICE GOMES; FÁBIO DALTRO
DA FOLHA CAMPINAS

Cerca de 70 homens das polícias Civil, Militar e Guarda Civil cercaram agência de banco no centro da cidade

Três assaltantes mantiveram ontem 17 pessoas como reféns na agência central da Nossa Caixa - Nosso Banco de Araras (170 km a noroeste de SP) durante quatro horas, segundo a Polícia Civil.
A tentativa frustrada de assalto começou por volta das 11h30. Cinco assaltantes, armados com espingarda calibre 44, três revólveres 38 e uma pistola semi-automática 380, entraram e renderam a gerente Cláudia Alexandre Lizun.
A Polícia Militar chegou ao local 30 minutos depois e surpreendeu um dos assaltantes na porta do banco e outro em um carro Suzuki verde escuro placas BLU-6969, de Campinas. Esses dois assaltantes estão foragidos.
Cerca de 70 homens das polícias Militar, Civil e Guarda Municipal cercaram o prédio e isolaram a área.
"Temíamos algum tipo de reação incontrolável da população", disse o delegado de Araras, Luís Roberto Vilela, 38, que negociou com os assaltantes a libertação dos reféns.
Todos os clientes e funcionários foram libertados às 15h30 sem ferimentos, depois que Sérgio Oliveira Santos, Limdomar Aparecido Silva e Valdir Bueno dos Santos se renderam.
Durante a negociação, os homens exigiram um veículo para fugir, um advogado e parentes da liderança do grupo.
A mãe de Sérgio, Olga Oliveira Santos, foi levada pela Polícia Civil de Campinas, mas não conseguiu convencer a quadrilha a se entregar.
Depois de conversar pelo celular com o advogado Nilton Pereira, a quadrilha se entregou.
Falta de segurança
Segundo Vilela, a falta de segurança das agências bancárias da região está facilitando o trabalho de quadrilhas de assaltantes.
"Em Araras, apenas duas agências têm portas giratórias e detectores de metais, como determina o Banco Central", afirmou Vilela.
A agência da Nossa Caixa - Nosso Banco tem uma porta de ferro e vidro com cerca de um metro e meio de largura.
Outra facilidade apontada por Vilela é o número reduzido de vigias. Apenas um vigia da empresa Officio Serviços de Vigilância e Segurança estava no local.
O inspetor da Officio, Ronaldo Mascella, disse que o número de vigias é determinado pelo banco.
O gerente administrativo da Nossa Caixa - Nosso Banco, Wanderlei Aparecido Avelar, não quis dar entrevistas.

Colaborou Fábio Daltro, free-lance para a Folha, em Araras

Texto Anterior: Bala perdida atinge homem em SP
Próximo Texto: Cai número de menores de rua em SP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.