São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Cai número de menores de rua em SP

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de menores de rua de São Paulo diminuiu 67,5% nos últimos cinco anos, segundo a mais recente contagem da Fabes (Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social).
Levantamento realizado em abril deste ano registrou 1.465 crianças e adolescentes nas ruas da cidade contra 4.520 menores nas mesmas condições, de acordo com a contagem de 1993 da Secretaria Estadual da Criança, Família e Bem-Estar Social -decréscimo de 3.055 menores de rua.
A nova contagem dos menores de rua ocorreu dia 24 de abril, entre 16h e 18h, em vários bairros da cidade.
Nesse dia, porém, havia outros 1.324 menores carentes em abrigos da prefeitura. Essas crianças e adolescentes costumam voltar para as ruas com frequência.
Portanto, de acordo com a contagem da prefeitura, a cidade tem, potencialmente, 2.789 crianças e adolescentes que vivem na rua.
O secretário da Família e Bem-Estar Social, Adail Vettorazzo, disse que foram escolhidos horários da tarde para realização da pesquisa porque neles "a circulação de menores nas ruas é mais intensa, devido ao funcionamento do comércio e à movimentação de trabalhadores nas ruas, que iniciam o retorno para casa".
Segundo o secretário, os menores aproveitam esse período para os "bicos", como vender objetos em semáforos ou para pedir dinheiro.
Para Vettorazzo, a redução do número de menores de rua em São Paulo se deve ao aumento, nos últimos anos, de entidades que prestam assistência a crianças e adolescentes carentes da cidade.
Prostituição
A prostituição de menores foi identificada em duas das 17 regionais de atuação da Fabes em São Paulo -no centro e na zona sul.
O consumo e o tráfico de drogas foram registrados em três regionais -de São Miguel Paulista (zona leste), de Santo Amaro (zona sul) e da Sé (centro).
O secretário Adail Vettorazzo, que amanhã será substituído no comando da Fabes pelo deputado federal Maurício Najar (PFL), disse que a secretaria estuda implantar uma "série de incentivos" para tentar manter as crianças estudando e com a família.
Entre os incentivos, Vettorazzo afirma que a secretaria deverá começar a distribuir cestas básicas para as famílias que tiverem todas as crianças matriculadas em escolas ou em cursos profissionalizantes. Foi inaugurado este mês um albergue exclusivo para menores.

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