São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Surpresas de G-Land

CARLOS SARLI

Encerrado no último domingo, o Quiksilver Pro se firma como o melhor campeonato de surfe do Circuito Mundial. Em sua terceira versão, as ondas de G-Land variaram de dois a quatro metros, extensas e tubulares, proporcionando aos melhores do mundo condições de desenvolver todo seu potencial.
Para uma temporada que começou com a proposta de ser a melhor da história e foi se esvaziando à medida que etapas com as melhores perspectivas foram sendo canceladas, o único evento a fazer frente ao de G-Land é o de Pipeline, Havaí.
Mas a esquerda mais famosa do planeta não tem funcionado com regularidade nos últimos anos. Basta lembrar que ao menos dois dos quatro títulos de Kelly Slater no Pipe Masters foram vencidos no Back Door e no ano passado as ondas não passaram de um metro e meio. E o título mundial tem chegado ao Havaí decidido, esvaziando o que seria a etapa decisiva.
A favor de G-Land está o clima exótico que a praia junto a selva oferece, a regularidade das ondas, o isolamento (o acesso é restrito aos envolvidos) e uma premiação maior.
O australiano Luke Egan foi o grande campeão da sexta etapa do ano. Ao vencer Slater em uma bateria de oitavas-de-final, se credenciou para o título, inédito em seus 10 anos no Tour. Como se não bastasse, enfrentou Rob "Rubberman" Machado numa eletrizante bateria que terminou 29,35 x 28,25, a mais disputada da história da ASP, para depois, na semifinal, bater o seu conterrâneo e vice no ranking, Mark Occhilupo.
Seu adversário na final foi outra surpresa. O californiano Chris Gallagher chegou a uma decisão pela primeira vez e evidenciou que ondas de qualidade proporcionam novidades.
Teco Padaratz, que entrou como substituto, acabou sendo o melhor brasileiro na competição, terminando em quinto. A próxima etapa do WCT só rola em agosto, na França.

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