São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Secretário de Guarulhos é assassinado

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal de Finanças de Guarulhos (Grande SP), Manoel Rezende da Silva, 63, foi assassinado ontem à tarde quando chegava a sua casa, no centro da cidade.
Rezende, funcionário da prefeitura havia cerca de 30 anos, foi executado por um homem descrito por testemunhas como moreno, alto e bem vestido.
Foram seis tiros, disparados à queima-roupa. Manoel Rezende morreu na hora.
O assassino, ainda segundo as testemunhas, teria sido visto nas proximidades da casa do secretário horas antes do crime.
Baleado na garagem
Às 18h, Rezende da Silva voltava da prefeitura em seu carro. Ao chegar, abriu o portão, colocou o carro na garagem e, quando iria fechar o portão, foi baleado.
A polícia de Guarulhos está mobilizada à procura do criminoso. Até o fechamento desta edição, ele não havia sido encontrado.
Segundo a polícia, as características do crime levam a crer que o assassino não é um profissional, uma vez que deu vários tiros e saiu correndo do local.
Manoel Rezende da Silva assumiu o cargo de primeiro-secretário de Serviços Públicos no atual governo de Néfi Thales (PDT).
Há cerca de três meses, assumiu a pasta da Fazenda, depois da demissão de Geraldo Gualandro. Sua pasta era considerada a principal e mais poderosa da prefeitura.
Apoio eleitoral
Rezende da Silva era filiado ao PTB e era amigo íntimo do prefeito Néfi Thales -inimigo político do petebista Paschoal Thomeu.
Thales também foi filiado ao PTB, mas trocou de partido há cerca de dois anos.
Na campanha eleitoral do ano passado, ele teria ganhado a antipatia do próprio partido ao criar em Guarulhos um núcleo petebista de apoio a Thales. O candidato do PTB era Thomeu.
Graças a esse apoio -e à velha amizade-, Rezende da Silva foi nomeado para o primeiro escalão do governo do PDT, embora tenha continuado filiado ao PTB.
O deputado estadual Elói Pietá (PT) disse que conhecia Manoel Rezende da Silva "há muitos anos". Afirmou ainda que o secretário era "uma pessoa afável".
Ele disse desconhecer se Rezende da Silva se envolveu em disputas políticas depois que assumiu a secretaria das Finanças.

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