São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997
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Um símbolo de repúdio

DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

O sucesso do livro de Viviane Forrester se fez sentir concretamente no cenário político interno da França. Nas últimas manifestações contra o desemprego em Paris e nas comemorações do Primeiro de Maio, o "Horror Econômico" foi exibido pelos manifestantes como símbolo de repúdio às políticas vigentes em relação ao trabalho e à economia.
É dizer que possivelmente teve influência indireta no clima de "meia volta, volver" ao socialismo, que obteve expressiva vitória nas recentes eleições francesas, que levaram ao cargo de primeiro-ministro o socialista Lionel Jospin.
Também a recente vitória dos trabalhistas na Inglaterra, liderados por Anthony Blair, contra 18 anos de conservadores e liberais-democratas no poder, pode ser mais um sintoma de que a Europa já percebeu a dimensão do fiasco. Fiasco de um modelo de economia que, segundo o "Horror Econômico", insiste em considerar norma um passado extinto, um espectro, a distribuição prometida e sempre adiada daquilo que não existe mais: o trabalho em seu formato de emprego.

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