São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
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Tipos de vinho

Vinhos de mesa

Tintos
Produzidos com enorme variedade de uvas, com resultados que variam com a região e as técnicas de produção empregadas.
Podem ir dos mais leves e refrescantes, que devem ser bebidos imediatamente (como o Beaujolais Nouveau da Bourgogne francesa), a vinhos extremamente densos e encorpados, como os Cabernet Sauvignon da Califórnia (EUA).
Os mais leves são os Valpolicella e os Bardolino, na Itália, e são também encontrados por toda a França.
Uns são mais sutis, como os bons Bourgogne, Côtes-du-Rhône, a maioria dos Bordeaux, na França; Rioja (Espanha), Chianti (Itália), Dão, Douro e Bairrada (Portugal) e os Cabernet Sauvignon do Chile, Austrália e Nova Zelândia.
Outros são potentes, com grande concentração e cor profunda, e merecem longos anos para se arredondarem. São exemplificados, na Europa, pelo Hermitage (francês), pelos Barolo e Brunello di Montalcino (italiano, região da Toscana); pelo Vega Sicília (espanhol) e, fora da Europa, pelo Cabernet Sauvignon da Califórnia e pelo Shiraz australiano

Brancos secos
Feitos geralmente com uvas brancas (na verdade, de casca verde). Na sua maioria são jovens e frescos e mais simples -sem profundidade de aromas e sabores: é o caso dos Bordeaux brancos, dos Chablis mais simples, Aligoté e Mâcon (os três da Bourgogne francesa) e dos italianos Frascati, Verdicchio, Orvieto, Soave entre tantos outros de vários países. Também podem ser frutados e aromáticos como os melhores alemães do Reno e Mosela (Riesling), os franceses da Alsace (uvas Riesling e Gewürztraminer), os da Nova Zelândia. Há ainda os encorpados e aromáticos. Seu paradigma são os Bourgogne brancos -feitos de Chardonnay e maturados em barris de carvalho. Combinam bem com a comida. Há também os melhores vinhos da Alsace (de Riesling e Gewürztraminer), do vale do Loire (Sancerre, Pouilly), da Rioja espanhola. Também são feitos na Itália, Califórnia, Austrália e África dos Sul, principalmente com Chardonnay

Brancos doces
Chamados de vinhos de sobremesa, seu açúcar vem da própria uva. O mais famoso é o Sauternes (e seu vizinho Barsac), da região de Bordeaux (uvas Sémillon e Sauvignon). Há também os vinhos alemães Auslese, Beerenauslese e Trockenbeerenauslese e ao húngaro Tokaij, além de vinhos do novo mundo

Rosés
Produzidos com uvas tintas, cuja casca é retirada no meio do processo, de forma que tinge apenas levemente o vinho. São os produzidos na França, no vale do Rhône (Tavel) e no vale do Loire (Rosé d'Anjou)

Espumantes
Feitos de uvas brancas ou tintas, resultando no mais das vezes num vinho branco ou rosé, com gás. O melhor exemplo é o feito na região de Champagne (na França). No resto do país, são chamados de musseux ou crémant; na Itália, spumante; na Espanha, cava; na Alemanha, sekt

Fortificados
Produzidos como vinhos de mesa, têm adição de álcool, são mais doces e têm maior durabilidade. É o caso do vinho do Porto e do Madeira (Portugal), do Jerez (Espanha) e de vinhos utilizados na sobremesa como os franceses Muscat de Beaumes-de-Venise, Rivesaltes e Banyuls e o português Moscatel de Setúbal

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