São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
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Idioma dificulta investigação

DA REPORTAGEM LOCAL

O idioma é a maior dificuldade da polícia para encontrar os responsáveis pelo tiroteio no restaurante coreano.
Os sete presos e as várias testemunhas que compareceram ao 6º DP ontem à tarde alegaram não falar português para não prestar depoimento.
Para resolver esse impasse, o consulado sul-coreano enviou um tradutor juramentado à delegacia no final da tarde de ontem. Só depois da chegada dele os depoimentos tiveram início.
"O caso já é complicado por envolver mafiosos. Como eles não falam português, a investigação fica ainda mais difícil", reclamou Luís Spinola, chefe dos investigadores do 6º DP.
Confusão
Além de atrasar os depoimentos, o desconhecimento da língua portuguesa provocou uma série de discussões na delegacia.
Policiais consideraram que as testemunhas coreanas estavam "combinando" o que dizer no depoimento, aproveitando-se do fato de não serem entendidas pelos brasileiros.
Por isso, as testemunhas foram colocadas separadamente em diversas salas da delegacia.
Algumas das poucas pessoas coreanas que admitiram saber falar português foram a mulher e a filha de Byung Deok Cho, baleado no tiroteio.
Elas foram reconhecer os baleados e afirmaram à polícia que todos eles pertenciam ao grupo dos comerciantes.

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