São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
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'Rapto' diverte com técnicas circenses

MÔNICA RODRIGUES COSTA

A peça "O Rapto das Cebolinhas", de Maria Clara Machado, está atualizada no palco, dirigida por André Garolli, que completa, com esta, três encenações de peças da autora: "A Menina e o Vento" e "Tribobó City".
Em "A Menina e o Vento", o diretor chama a atenção do público infantil sobre a cena, cuja presença grandiosa do Vento domina e envolve o espectador em um ambiente mágico do início ao fim do espetáculo. "Tribobó City" foi uma experiência do grupo de Garolli com técnicas circenses.
Agora essas técnicas são reelaboradas de forma mais sintética e alusiva em "O Rapto das Cebolinhas". Palhaços e malabaristas estão presentes na encenação dos atores.
São interferências sutis, como o jeito de um personagem gesticular ou cair. A cena final representa uma briga transformada pelo elenco num jogo de malabarismo.
Os diálogos seguem os passos precisos da autora. Maria Clara Machado tem a virtude de pegar um tema banal e transformá-lo num assunto interessante. No caso, trata-se do rapto de cebolinhas mágicas da horta de um coronel que tem dois netos, um cão de guarda, uma gata e um burro. Machado consegue prender a atenção do público por conduzir com rapidez a ação, usando diálogos curtos, por exemplo.
Garolli transforma muitas cenas em séries de "gags" divertidas, ao modo das histórias em quadrinhos. Os animais têm uma graça especial e os ladrões parecem manchas negras sob a iluminação sombria típica e propícia a um teatro de suspense.

*** O RAPTO DAS CEBOLINHAS Artur Azevedo (av. Paes de Barros, 955, Mooca, região sudeste, tel. 292-8007). Sáb. e dom.: 16h. Até 22/06. 60 min. Ingr.: R$ 6. Estac. grátis.

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