São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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Câmara foi corporativista no caso Chedid, afirma Mansur

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O ex-deputado federal Beto Mansur (PPB-SP) disse ontem ter convicção de que a Câmara rejeitou a cassação do deputado Marquinho Chedid (PSD-SP) anteontem porque é "corporativa".
Mansur, atualmente prefeito de Santos (SP), era o corregedor da Câmara em 1995. Ele presidiu a comissão de sindicância que recomendou a cassação de Chedid, acusado de receber propinas de proprietários de bingos.
"A Casa só cassa quando sofre uma pressão muito forte da sociedade e da imprensa. A maior indisposição para um deputado é ir ao plenário para cassar alguém."
Ele afirmou que a comissão fez um trabalho técnico de levantamento de provas e evidências que, segundo afirmou, comprovaram a prática de corrupção.
Como Chedid negava ter relações com donos de bingos, a comissão optou por investigar os telefonemas do parlamentar, disse Mansur. Isso foi possível após a comissão obter na Justiça a quebra do sigilo telefônico do deputado.
"Em um determinado período, encontramos uma série de telefonemas trocados entre ele e os donos de bingos", disse. "Demorei um pouco (um ano) para fazer essa investigação porque sabia que não podia errar. Cumpri meu dever, investigando e chegando à conclusão de que ele (Chedid) era culpado."

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