São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 1997
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FHC tenta aproximar Mercosul da UE

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

O presidente Fernando Henrique Cardoso está aproveitando a sessão especial da ONU sobre meio ambiente para fazer a aproximação do Mercosul com a União Européia (UE).
Mais do que a questão ambiental, Fernando Henrique conversou ontem com Tony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, sobre o fortalecimento do bloco econômico sul-americano e a estabilização da economia brasileira.
"Além de interesses econômicos convergentes, temos afinidade ideológica", disse o presidente brasileiro.
Laços
"Falamos sobre o Partido Trabalhista britânico e seus pontos semelhantes com o PSDB. Antes de eu ir à Inglaterra, em dezembro, queremos estreitar os laços também entre nossos partidos políticos", comentou à Folha.
A posição de Blair, que defendeu maior cooperação na área tecnológica dos países desenvolvidos em relação aos em desenvolvimento, também merecem elogios de Fernando Henrique.
"Ele tem uma preocupação social, em termos globais, não é uma coisa só localizada, muito boa", disse o presidente.
O primeiro-ministro britânico retribuiu os elogios do brasileiro. "A Europa vê o Mercosul, e em especial o Brasil, com mais atenção", disse à Folha. "E eu, em particular, respeito muito as idéias de Cardoso."
Anteontem à noite, o presidente jantara com o primeiro-ministro português, Antônio Manoel Guterres.
"Falamos muito sobre possíveis acordos comerciais entre o Mercosul e a Comunidade Européia", disse Guterres. "A Europa vê a América Latina com outros olhos, graças, principalmente, à liderança de um governante do porte de Fernando Henrique."
"Estúpido"
"Só os países do norte, que muitas vezes apresentam um comportamento estúpido, ainda mantêm um certo preconceito", disse o primeiro ministro de Portugal.
Antes do encontro com Tony Blair, que aconteceu na suíte presidencial do hotel Intercontinental, em que Fernando Henrique está hospedado, o presidente havia estado com Victor Tchernomirdin, primeiro-ministro da Federação Russa, e Jacques Chirac, presidente da França.

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