São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 1997 |
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Governo nega ligação com reeleição
WILLIAM FRANÇA
A estatal elevou em 56% seus gastos com publicidade de ações do governo nos meses de dezembro do ano passado e janeiro e fevereiro deste ano. "Não houve qualquer orientação. Não somos loucos de fazer uma campanha com esse objetivo", afirmou Amaral, que também é o porta-voz de FHC. Ele disse que não vê qualquer relação entre o aumento de gastos com publicidade nas estatais e a reeleição. Amaral também não vê problema no fato de a Petrobrás, que atua na prospecção, refino e distribuição de derivados de petróleo, custear campanhas mostrando que a sociedade está supostamente melhor por causa das medidas adotadas pelo governo FHC. Desde o governo Itamar Franco a Presidência não dispunha de verbas para divulgar seus atos em publicidade. O critério foi mudado em 96, quando o Orçamento destinou ao gabinete de FHC a verba de R$ 4,2 milhões para esse fim. Esse dinheiro tem sido gasto em pesquisas de opinião e material de divulgação nas viagens de FHC ao exterior. Quando precisa fazer uma campanha maior, e mais cara, o governo recorre às estatais. "A Petrobrás mostrar as ações do governo não é nenhum problema, pois pode ser de interesse do marketing da empresa -como foi- apresentar o sucesso das ações na sociedade para passar uma imagem positiva da empresa", disse Amaral. "Se o Bamerindus quis mostrar as ações positivas da população, porque considerava necessário aumentar a sua fatia no mercado popular, como efetivamente aumentou, não tem por que a Petrobrás não fazer o mesmo." O criador das campanhas "Gente que Faz", do Bamerindus, e "Brasil Real", da Petrobrás, é o mesmo: Sérgio Reis, que há dois meses deixou de trabalhar para a Secretaria de Comunicação da Presidência. Texto Anterior: Muito legal Próximo Texto: Governistas já 'trombam' em 11 Estados Índice |
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