São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rodízio ano todo depende da Câmara

Placa com número de partido deixa Maluf a pé

DA REPORTAGEM LOCAL

A proposta de rodízio municipal, elaborada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para reduzir o tráfego nos horários de pico, caso aprovada pela Câmara Municipal, só será implantada no ano que vem, afirmou ontem o prefeito de São Paulo, Celso Pitta.
Segundo ele, o projeto deve ser enviado para a Câmara no segundo semestre. "Antes, teremos audiências públicas para que a sociedade se manifeste."
A idéia da CET, segundo o prefeito, é que seja retirada de circulação, diariamente, 20% da frota, durante os horários de pico da manhã (das 7h às 9h) e da tarde (das 17h às 20h).
Segundo o prefeito, o paulistano que aprova o rodízio o faz não pelos benefícios ao meio ambiente, mas pela melhoria que ele provoca no tráfego.
Quanto ao primeiro dia do rodízio estadual, Pitta afirmou ter visto carros com placas de finais 1 e 2. "Mas 100% deles circulavam antes das 7h."
Maluf
Respeitando o primeiro dia de rodízio em São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf, cujos carros têm todos a mesma placa, de número 1.111, foi trabalhar a pé.
Ele levou dez minutos para ir de sua casa, na rua Costa Rica, a seu escritório político, na avenida Europa, no Jardim Paulistano (zona sudoeste).
"O meu partido, o PPB, é final 11. Todos os meus carros são chapa 1.111. Então, veio-me a idéia de ir da minha casa para o meu escritório, que é a cinco ou seis quarteirões daqui, a pé, em vez de pegar um carro de outra chapa", disse.
Ele defendeu a idéia de que as pessoas devem trabalhar em locais próximos de suas casas, para que possam ir trabalhar a pé.

Texto Anterior: Emplacamento faz 'vítimas'
Próximo Texto: TJ recebe 20 pedidos de liminar
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.