São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 1997
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'Ciranda' mata o 11º preso em Ribeirão

Detentos pedem melhores condições

DA FOLHA RIBEIRÃO

O detento Márcio Cristiano de Oliveira, 18, foi assassinado ontem por outros presos com golpes de estilete e de barras de ferro, na Cadeia Pública de Vila Branca, em Ribeirão Preto (319 km de SP).
Foi a oitava morte na cadeia neste ano e a 11ª desde outubro, quando foi anunciada pelos presos a "ciranda da morte".
Segundo o diretor do local, Luiz Geraldo Dias, a "ciranda da morte" é um protesto. Os presos afirmaram que haveria matança em série dentro da cadeia caso novas prisões fossem realizadas.
Dias associou a morte à superlotação. Segundo ele, a cadeia está com 620 presos e tem capacidade para 198. Laudo técnico de engenheiros apresentado ao juiz-corregedor Luís Augusto Freire Teotônio afirma que a cadeia poderia abrigar apenas 66 detentos.
"Estamos vivendo uma situação de calamidade. Enquanto não for resolvido o problema da superlotação, não vão acabar as mortes", disse o diretor. O juiz-corregedor vai enviar à Procuradoria Geral da Justiça documento solicitando providências para a situação.

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