São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997 |
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PMDB nacional pressiona por apoio
LÉO GERCHMANN
Na última quinta, em Florianópolis, líderes nacionais do PMDB, como os deputados Paes de Andrade (CE), Geddel Vieira Lima (BA) e Michel Temer (SP) e o senador Jader Barbalho (PA), ameaçaram romper com o governo FHC caso Vieira fosse afastado. O chefe da Casa Civil do governo catarinense, Eduardo Pinho Moreira (PMDB), disse ontem à tarde poder "garantir" que "não haverá" o impeachment. "Não posso entrar em detalhes. Só posso dizer que fizemos vários contatos, e estou convencido de que não haverá o impeachment", afirmou. Os pefelistas com que Vieira negocia para escapar do impeachment mantiveram o clima de mistério. A Agência Folha os procurou durante todo o fim-de-semana. A maioria estava, segundo suas assessorias, no interior do Estado. Já Onofre Agostini estava em Brasília, de acordo com sua empregada doméstica. O único que falou foi Adelor Vieira, favorável ao impeachment. Ele disse que "ninguém (no PFL) demonstrou" estar contrário à diretriz partidária de votar em bloco pelo impeachment. "Se não está decidido, pelo menos tudo se encaminha para o afastamento", afirmou. Crime comum O deputado Ciro Roza foi localizado pela Agência Folha na sua casa, em Florianópolis, mas não quis "antecipar" seu voto. "Crime comum deveria ser julgado como crime comum. Em outros Estados com o mesmo problema, nem CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) houve. Mas não sou eu quem vai decidir", afirmou o deputado do PFL. O pedetista Afonso Spaniol, que chegou a ser apontado como favorável ao governo, afirmou que jamais pensou em votar contra o impeachment. Texto Anterior: Governador precisa de mais 3 votos Próximo Texto: Manifestantes aguardam decisão Índice |
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