São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Manifestantes aguardam decisão

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment do governador Paulo Afonso Vieira (PMDB) já se concentravam ontem perto do Palácio Santa Catarina, sede do governo estadual, e da Assembléia Legislativa, onde ocorrerá a votação.
Os manifestantes ligados ao PMDB montaram barracas na praça Tancredo Neves, que separa os dois poderes, no centro. Ficaram em vigília na noite de sábado e pretendiam permanecer no local até hoje.
Foram estendidas faixas e cartazes de apoio a Vieira, com inscrições como "Tô contigo, Paulo Afonso" e "Golpe, não".
Já os manifestantes a favor do impeachment, muitos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) de Santa Catarina, também colocaram faixas, mas defendendo a saída de Vieira.
Carros de som circularam ontem pela cidade convocando para a concentração de hoje em favor do impeachment.
Apesar disso, o presidente da Assembléia, Francisco Kuster (PSDB), está pedindo, em mensagens veiculadas na TV e no rádio, que a população acompanhe a votação em casa.
Entidades favoráveis ao impeachment exibiram no centro da cidade, na semana passada, um abaixo-assinado com 10 mil assinaturas, que foi entregue à mesa da Assembléia.
Segurança
Cerca de 2.500 PMs estão mobilizados para fazer hoje a segurança dos acontecimentos ligados à votação do impeachment.
O contingente corresponde a mais da metade do efetivo da PM na grande Florianópolis. O coronel Sérgio Wallner, do setor de Comunicação Social da PM, disse que não haverá expediente administrativo nos quartéis.
A PM também montou um posto de comando das operações perto do Palácio Santa Catarina e da Assembléia Legislativa.
A Polícia Rodoviária Federal montou, junto com a PM e a Polícia Civil, três postos para observar os ônibus que se dirigem à capital catarinense em função da votação.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal, até o final da tarde de ontem, quando chovia, não havia registro de veículos se deslocando do interior motivados pela votação do impeachment.
A PM disse que a grande maioria dos ônibus sairia de suas cidades de origem na noite de ontem ou hoje de madrugada.
Hoje, não será permitido o tráfego de veículos nas ruas próximas à Assembléia.

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