São Paulo, sábado, 5 de julho de 1997
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Valorização é surpreendente

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

A valorização de sua obra no mercado de arte internacional surpreenderia Di Cavalcanti.
"Apesar de ser um dos grandes pintores modernistas do Brasil, ele não era muito conhecido no exterior. O engraçado é que ele não gostava dos americanos. Imagine a surpresa que teria ao saber que um de seus quadros foi vendido em Nova York ano passado por mais de US$ 600 mil", conta o marchand Jean Boghici.
Emiliano Di Cavalcanti nasceu no Rio em 1897. Um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 22, em São Paulo, foi o responsável pela parte gráfica da mostra.
Catálogo e programa da Semana, idealizados por ele, estão entre as peças que serão expostas no MAM. Em uma de suas temporadas em Paris, pouco depois da Semana de Arte Moderna, conheceu Picasso, Braque, Matisse e outros.
Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista, o que, anos mais tarde, lhe rendeu problemas com o governo Vargas -em 1936, chegou a ser preso com a segunda mulher, Noêmia. Em 51, participou como artista convidado da primeira Bienal do MAM de São Paulo.
Em 1954, ganhou sua primeira grande retrospectiva, no MAM do Rio, e em 1956 participou da 28ª Bienal de Veneza. Em 66 reencontrou nos porões da Embaixada do Brasil em Paris obras perdidas durante a 2ª Guerra Mundial.
Sua última grande retrospectiva aconteceu em 71, no MAM de São Paulo. Morreu cinco anos depois.
(CG)

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