São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997 |
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Relação inversa; Questão de sobrevivência; Mostrando números; Empregando mais; Fugindo do encargo; Com a peneira; Nova rodada; Até na campo; Ganhando menos; Em sintonia; Efeito dominó; O equilibrista; De porta em porta; No vermelho; Em xeque; Mostrando a cara Relação inversa Os setores industriais com menor ganho de produtividade destruíram mais empregos do que os com maior produtividade, diz estudo de José Pastore, da FEA/USP. Questão de sobrevivência "A pesquisa contraria a concepção de que a mudança tecnológica é a maior vilã do emprego. Produtividade e emprego caminham juntos. Sem tecnologia, o desastre é maior. A empresa não demite, fecha", afirma Pastore. Mostrando números De 93 a 96, os setores com ganho de produtividade de 2% ao ano -o menor- foram responsáveis por 40% dos postos de trabalho destruídos na indústria. Já os com o maior ganho, de 8,5%, destruíram 25%, diz Pastore. Empregando mais "Depois de uma década perdida, o setor de infra-estrutura -energia elétrica, petróleo, gás, transportes, portos e saneamento- vai gerar 53 mil empregos até o ano 2000", diz José Augusto Marques, da Abdib. A razão: investimentos nas privatizações. Fugindo do encargo Segundo Marques, o emprego no setor só não será maior por causa da falta de flexibilidade nas relações trabalhistas. A mão-de-obra é responsável por 45% dos custos nos setores de infra-estrutura e construção, diz. "Há empresas menores de construção civil que apelam para a informalidade." Com a peneira A indústria continuará a ser uma empregadora "mais qualitativa do que quantitativa", diz Horácio Lafer Piva, da Fiesp. O governo fará esforço para "atenuar o problema. Mas, sem crescimento sustentado, não há solução definitiva. O que é provisório sempre vira solução definitiva neste país". Nova rodada Lídia Goldenstein, assessora do BNDES, diz que haverá um novo round de aperfeiçoamento do ajuste nas empresas. Características do novo round: investimentos e "upgrade" tecnológico. Até na campo Com a mecanização da colheita, há queda no emprego em São Paulo para os bóias-frias, que passaram de 271,5 mil, em 94, para 222,8 mil, em 96, diz o Instituto de Economia Agrícola. "Também na agricultura, só há novo emprego para o trabalhador mais qualificado", diz Maria Carlota Meloni. Ganhando menos Segundo a Austin Asis, com base no balanço de cem instituições, os bancos continuam perdendo rentabilidade. No primeiro trimestre de 97, a rentabilidade foi de 3,4%; em 96, de 3,6%; e em 95, de 4,2%. Em sintonia A queda da rentabilidade, diz Erivelto Rodrigues, é reflexo da redução dos juros e dos "spreads" (diferença entre as taxas pagas ao investidor e cobradas no crédito). Efeito dominó O JP Morgan continua prevendo alta de 0,5 ponto percentual nos juros dos EUA no segundo semestre. Em consequência, as taxas no Brasil também subiriam. O equilibrista Definição de Marcelo Carvalho, economista para Brasil do JP Morgan, sobre o que esperar de 98: "Será um ano de malabarismo entre o que é politicamente desejável e o que é economicamente viável". De porta em porta Um novo negócio está sendo proposto a bancos: a compra de títulos da República Velha brasileira por R$ 0,02 com a promessa de que serão aceitos na privatização pelo preço de R$ 0,64. No vermelho A balança comercial de julho fechou quinta-feira mostrando déficit de US$ 115 milhões. Nas estimativas do mercado, o rombo mensal ficará perto dos US$ 900 milhões. Em xeque A Tailândia exibia superávit fiscal (o Estado gasta menos do que arrecada) de 4% do PIB. Quebrou. Mostrando a cara Com criação da Salles/DMB&B, o Bradesco mostra a nova marca na TV. Hoje, o título de capitalização passa a patrocinar as "Olimpíadas do Faustão" e um comercial institucional entra no "Fantástico". A partir de segunda, o banco patrocina o TOP (a contagem regressiva) do "Jornal Nacional". E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: Fundos de ações crescem 260% no ano Próximo Texto: Festejos de São João Índice |
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