São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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PRI garantia ascensão

CLÓVIS ROSSI
DO CONSELHO EDITORIAL

Um livreto escrito há 15 anos pelo acadêmico Peter H. Smith lista os 15 itens básicos para subir na vida no México. O segundo é filiar-se ao PRI (o primeiro é obter o título de bacharel).
A elite mexicana seguiu à risca, ao longo do século. Quando não, ingressava em uma das três organizações que permitem ao partido ramificar-se por toda a sociedade e todo o país:
1 - A CTM (Confederação de Trabalhadores do México), central sindical que assegurava aos filiados -que também deveriam ser filiados ao PRI- o financiamento para a casa própria, por exemplo.
2 - A CNC (Confederação Nacional Camponesa), equivalente rural da CTM.
3 - Uma inacreditável confederação nacional de organizações populares, que inclui de médicos e empresários a engraxates.
Quando essa tentacular rede mostrava-se insuficiente nas eleições, usava-se a fraude pura e simples.
Para evitar que a fórmula ficasse totalmente anacrônica, o PRI recorreu a várias reformas cosméticas -até que ela "ficou pequena para o mundo moderno", como admite o líder priista Esteban Moctezuma.
Ou, como prefere Porfirio Muñoz Ledo (PRD): "Se o PRI fizer de outro modo, se arrisca a um grande conflito nacional".
É o que se vai poder conferir na eleição de hoje.
(CR)

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