São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997 |
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Africanas são as mais excluídas
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Para piorar, vivem numa região que tem a menor renda per capita do planeta: US$ 1.377/ano (a média mundial é US$ 5.798). Elas se destacam em uma coisa: trabalham quase tanto quanto os homens. Nessas sociedades, a força de trabalho feminina chega a 74% da masculina. A média mundial é 68%. Gana, por exemplo, é um dos dois únicos países do mundo onde há mais mulheres trabalhadoras do que homens. O outro é o Camboja, no Sudeste Asiático. Renda incongruente Porém a participação feminina na renda está longe de ser equivalente ao seu esforço. As mulheres africanas da região subsaariana abocanham apenas 35,5% do dinheiro proveniente do trabalho. "Numa sociedade tribal, a mulher tem ocupações mais ligadas à sobrevivência, como a lavoura ou mesmo carregar água. São ocupações mais permanentes do que a dos homens", diz Lena Lavinas, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Mas nem todas as mulheres africanas trabalham na agricultura. "Em muitos países elas estão muito presentes no comércio", acrescenta a pesquisadora. (JRT) Texto Anterior: Árabes têm 'machismo político' Próximo Texto: Avanço no Brasil é lento, diz pesquisadora Índice |
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