São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Sarampo avança e secretaria não vacina

MARCOS PIVETTA; LUCIANA SCHNEIDER

MARCOS PIVETTA
da Reportagem Local A epidemia de sarampo, a pior dos últimos cinco anos, não pára de avançar na região metropolitana de São Paulo.
O CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem novos números da doença. O número de casos confirmados no Estado subiu de 844 para 1.193. Do total, 1.157 ocorreram na Grande São Paulo, sendo 929 na capital.
Junho registrou 590 casos confirmados da doença, contra 373 em maio, um indício de que a epidemia ainda não está controlada.
Em número de casos confirmados, a atual epidemia no Estado poderia ser considerada a pior desde 1987, quando foram registrados 4.028 casos.
Mas, como a CVE mudou os critérios de confirmação de casos em 1992, o centro prefere considerá-la a pior dos últimos cinco anos.
O número de mortes este ano subiu de um para cinco. Morreram quatro bebês com menos de 1 ano e uma criança de 4 anos -todos da Grande São Paulo.
O número de bebês com menos de 1 ano que pegaram sarampo é 193, de acordo com o CVE. O número de crianças entre 1 e 14 anos que contraíram a doença é 163.
Em números absolutos, a maior incidência da doença é em adultos entre 15 e 29 anos. Desde o segundo semestre de 96, quando começou a atual epidemia, 705 pessoas dessa faixa etária contraíram a doença.
O CVE, no entanto, não considera necessário, no momento, fazer uma vacinação em massa de adultos. Recomenda a vacinação apenas de adultos que não foram imunizados e tiveram contato com algum caso suspeito da doença.
A reportagem ligou para três postos de saúde na capital paulista, e os funcionários disseram que só estão autorizados a aplicar vacinas em crianças ou adultos indicados pelo CVE. Adultos sem indicação não estão sendo vacinados.
Hoje, o número de casos suspeitos é 904 no Estado.

Colaborou Luciana Schneider, da Reportagem Local

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