São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Decisão inédita da Justiça dá o passe a jogador do Maringá
MARCELO DAMATO
Jefferson Ricardo Soldi, 22, ganhou ontem a ação contra seu ex-time, o Grêmio Maringá. Segundo a ação, o clube rompeu seu contrato em 30 de maio de 96, mas não pagou a multa rescisória, nem liberou seu passe. Sem dinheiro, Jefferson recorreu a uma rede de advogados que presta assistência jurídica gratuita. Eles entraram com uma ação pedindo de antecipação de tutela de mérito no dia 11 de junho. Essa figura jurídica, que consta do Código de Processo Civil desde 1994, produz, em caso de sucesso, os efeitos de uma ação ordinária com a rapidez de uma medida cautelar. A antecipação da cautela já havia sido concedida anteontem. No processo, o Maringá, mesmo intimado, não fez sua defesa. O clube tem agora oito dias para recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em Curitiba. Mas é possível que não o faça. A Folha apurou que o clube está sem diretoria. Suas linhas de telefone foram tomadas pelas Justiça para pagar dívidas judiciais. Segundo os advogados de Jefferson, essa é 100ª ação trabalhista ajuizada contra o clube. Todo o seu patrimônio, que inclui estádio, sedes social e campestre, está penhorado. Segundo Marino Elígio Gonçalves, um dos advogados do jogador, o processo foi rápido porque envolvia questões de sobrevivência. "De fato, o jogador estava até passando fome." Um caso semelhante no país é o do meia Claudinho, hoje no Paulista de Jundiaí (SP), que joga graças a uma liminar. A ação principal deve ser julgada em agosto. No Rio Grande do Sul, um jogador obteve o passe após haver largado a carreira. Texto Anterior: Clube dos 13 e Globosat fazem protesto na 'luta das liminares' Próximo Texto: Atacante do Santos vai jogar em time japonês; Fifa examinará caso de Ronaldinho no dia 22; Baggio está perto de se transferir para o Parma; Juve anuncia interesse por atacante brasileiro Índice |
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