São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997 |
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Processo lento
NELSON DE SÁ
Mas os escândalos também estão sempre ressurgindo, renascendo. Das redes: - Procuradoria pede ao Supremo a condenação de Zélia Cardoso de Mello por corrupção passiva. PC já morreu, Collor já quer voltar, mas o escândalo resiste. É assim também com os outros, no Brasil. Nada acontece, mas a lentidão da Justiça garante que o estrago à imagem seja a longa, incontornável pena. * FHC se deixa dominar pelo populismo, a mais de ano da reeleição. Ao que parece, de agora em diante será assim, toda semana pelo interior, em mangas de camisa. Ontem em Sergipe e na Bahia, ao lado de ACM, enfrentou vaias com bom humor e a ironia de um candidato. Foi um grupo do PC do B, e FHC saiu a dizer que estava feliz por ver que os "inimigos" eram tão poucos. Talvez em eco involuntário às notícias de que distribuiu favores no Congresso, afirmou ceder apenas a argumentos, jamais a "gritos", como os dos manifestantes. - E quem não cede a argumentos é palhaço. Palhaço, inimigo: o nível do discurso baixou. Sinal de campanha suja, de que vem coisa ainda pior com o lento passar do ano. * A "jornada ao planeta vermelho", como apelidou a CNN, aprendeu com o marketing do cinema. Ontem a Nasa mostrava foto em três dimensões e distribuía óculos especiais -de parque de diversões. Também apresentava uma simulação computadorizada: um passeio virtual em Marte. E a CNN deu que miniaturas do robô serão vendidas, ao lado daquelas do cinema, de dinossauros, Batman. Texto Anterior: Procuradoria pede a condenação de Zélia Próximo Texto: Lula afirma que vai processar órgãos de imprensa e pessoas Índice |
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