São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997
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British Grand Prix

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

No mais tradicional dos circuitos, a F-1 chega ao primeiro ponto alto da temporada.
A vitória de Schumacher na França alterou definitivamente os prognósticos iniciais e a Ferrari, após quase duas décadas, parece ter encontrado uma alternativa para o título.
Villeneuve, de cabelos tingidos, direciona a ácida verborragia para o próprio time, cobrando de Frank Williams e de si próprio a esperada reação.
Para completar, efemérides importantes, a 100ª vitória da Williams e os 20 anos da Renault na categoria, cobram digna celebração.
Tudo isso faz do GP da Inglaterra uma importante corrida, talvez a mais interessante da era pós-Senna, onde a categoria pode abandonar em definitivo o "one man show" promovido até aqui pelo alemão.
Creio estar até levantando demais a bola do canadense, mas, como diz o ditado, quem não tem cão, caça com gato.
A F-1 responderá se finalmente alcançou aquele delicado equilíbrio de disputa, que raramente reúne mais que dois pilotos e garante a audiência.
Uma vitória avassaladora, de qualquer um dos lados, coloca em risco a temporada. Até mesmo um acidente na primeira curva, como sabemos muito bem, seria menos prejudicial.
Schumacher é o melhor da atualidade e, talvez, um dos maiores da história. Mas precisa de um Prost para poder autenticar seu talento.
Villeneuve, repito, pode ainda não ser esse rival. Mas, pelo menos, já provou saber jogar o carro em cima, se necessário.
*
Eddie Jordan divulgou nesta semana que terá os motores Mugen Honda em 98. Walkinshaw dançou mais uma vez.
Uma versão mais interessante: o acordo estava costurado desde o início do ano, num rolo envolvendo de Briatore a Prost, de Peugeot a Honda, e de Jordan a, quem sabe, alguns nomes de pilotos.

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