São Paulo, sábado, 12 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Família de King apóia Earl Ray

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

A família de Martin Luther King manifestou-se publicamente ontem para pedir um julgamento para James Earl Ray, único condenado pelo assassinato.
No início do ano, um filho do ativista negro teve um encontro com Ray, ocasião em que já defendera o julgamento.
A família de Luther King alega que quer esclarecer, de uma vez por todas, o caso. Apesar de não inocentar o condenado, afirma que não tem certeza de que ele seja mesmo o criminoso.
O reverendo Jesse Jackson também defende a reabertura das investigações, além de um julgamento para Ray.
O assassinato do ativista, que liderava manifestações nos Estados Unidos defendendo direitos civis para os negros e outros grupos minoritários, foi um dos três a abalar o país nos anos 60.
Os outros dois foram do presidente John Kennedy, em Dallas, 1963, e do senador Robert Kennedy, então candidato à Presidência dos Estados Unidos, em Los Angeles, no ano de 1968.
Ao confessar ter matado Luther King, Ray, que mais tarde voltaria atrás na confissão, livrou-se da pena de morte.
Ele cumpre os 99 anos a que foi condenado num presídio em Nashville, no Estado do Tennessee. Recentemente, porém, com sérios problemas no fígado, foi hospitalizado várias vezes. Com a saúde fragilizada, segundo os médicos que o atendem, tenta apressar um julgamento.
(JCA)

Texto Anterior: Morte de Luther King pode ter nova versão
Próximo Texto: Protestantes cancelam marchas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.