São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Depósitos vão abater o saldo devedor
DA REPORTAGEM LOCAL O dinheiro depositado na Poupança de Crédito Imobiliário (PCI) durante 12 meses vai ser usado pelo poupador para abater o saldo devedor ou antecipar prestações do financiamento.Mas esse valor só será liberado após 36 meses, contados a partir do primeiro depósito. Nesse período, o dinheiro renderá conforme a poupança tradicional: TR (Taxa Referencial) mais 6% ao ano. Para o professor de finanças da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo Keyler Rocha, 57, essa é uma das desvantagens da PCI. É que o rendimento nesse período vai ser pequeno, se comparado com o de outras aplicações financeiras. "Um fundo de ações pode render 10% ao mês, enquanto a poupança rende 1%", compara. As prestações começam a ser cobradas no primeiro mês após o fechamento do negócio. Os juros serão de 12% mais a TR. O valor das prestações no primeiro ano deverá ser o mesmo do dos depósitos, acrescido do seguro do imóvel, que fica hoje em torno de 5% do valor da prestação. Os interessados em obter financiamento devem se dirigir a qualquer agência da CEF. A CEF não admite atrasos nos depósitos. Caso isso aconteça, a PCI se torna uma poupança normal. Uma das vantagens da PCI é que não é preciso apresentar comprovante de rendimentos. O poupador pode usar o seu saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo do Serviço), ter outro financiamento (desde que não seja da CEF) e poderá usar a PCI para compra de um segundo imóvel. A bancária Ana Ferreira Silva Santos, 33, acha o prazo muito demorado para obter financiamento. "Hoje, a gente não sabe quanto tempo vai ficar empregado." Ela pretende juntar dinheiro e comprar um imóvel à vista. Texto Anterior: Programa Carta de Crédito será extinto em 98 Próximo Texto: Novas regras exigem cautela de consumidor Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |